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Polícia Civil confirma que casal de idosos foi morto a tiros enquanto dormia em Porto União


25 de novembro de 2023

Ana Rita Zanella e Ivo Romano Lerner. Foto: Reprodução

A Polícia Civil confirmou que Ivo Romano Lerner e Ana Rita Zanella, o casal de idosos assassinado em outubro na localidade de São José de Maratá, interior de Porto União, limite com o município de Matos Costa, foram mortos a tiros enquanto dormiam. Laudos cadavéricos evidenciam que o homem foi baleado na cabeça e a mulher foi alvejada no peito.

Marcelo Lerner, filho de Ivo e enteado de Ana Rita, suspeito de ter matado e enterrado os corpos, tinha licença como atirador e possuía uma arma registrada em seu nome. De acordo com o delegado que está à frente do caso, Eduardo de Mendonça, as munições deflagradas encontradas na cena do crime e periciadas pela Polícia Científica são compatíveis com a arma de Marcelo, apreendida pela Polícia Civil, sendo do mesmo calibre. “A arma dele tinha sido limpa poucos dias antes de ser apreendida e tudo indica que é a mesma utilizada no crime”, alegou o delegado.

MOVIMENTAÇÕES BANCÁRIAS

Denunciado recentemente pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC) pelo crime de latrocínio, Marcelo Lerner teria assassinado seu pai, Ivo Romano Lerner, e sua madrasta, Ana Rita Zanella, na noite do dia 22 de outubro. Informações repassadas anteriormente pelo delegado Eduardo de Mendonça já apontavam que o rapaz efetivamente realizou compras com cartões bancários do próprio pai, visto que registros de câmeras de segurança em diversos estabelecimentos comerciais evidenciam tais ações. De acordo com familiares de Ana Rita Zanella, ouvidos pelo JMais, Marcelo teria ainda realizado 13 saques de uma conta bancária da idosa, entre os dias 23 e 26 de outubro.

Marcelo Lerner, principal suspeito do caso, filho de Ivo Romano Lerner e enteado de Ana Rita Zanella. Foto: Reprodução

As informações atualizadas repassadas pela família de Ana Rita apontam ainda que, no dia em que os corpos do casal foram localizados enterrados envoltos em sacos plásticos e Marcelo foi preso preventivamente por equipes da Polícia Civil de Porto União, ele havia realizado mais dois saques na conta bancária em nome da mulher morta. O valor de quase R$ 4 mil foi encontrado em uma mochila que estava com Marcelo no momento em que foi detido. Ele também tinha uma passagem com destino a cidade de São Paulo para aquela data.

SUMIÇOS NA DESPENSA

Familiares de Ana Rita comentaram ainda que a relação entre ela e Ivo, pai do denunciado pelo latrocínio, sempre foi harmoniosa. Sobre o comportamento de Marcelo, os familiares da idosa ouvidos pelo JMais alegaram nunca terem notado nada que gerasse qualquer estranhamento, porém, há alguns meses vinham recebendo reclamações de Ana Rita sobre o fato do rapaz, possivelmente, estar entrando escondido na casa e furtando alimentos da despensa. “Quando íamos visitar os dois, perguntávamos se era necessário que levássemos alguns mantimentos e ela sempre negava, mas nos últimos meses ela começou a se queixar de certos alimentos faltando na casa”, relatou uma familiar.

DESAPARECIMENTO E HOMICÍDIO

Luciane Sabini, filha de Ana Rita Zanella, foi quem, a princípio, achou atípica a falta de contato da mãe durante alguns dias. Ela esteve, inclusive, na propriedade onde o casal morava, na localidade de São José do Maratá, em Porto União, na semana anterior ao desaparecimento.

De acordo com Luciane, alguns dias após o registro do boletim de ocorrência por desaparecimento, ela voltou à propriedade com a filha, além de outros familiares e amigos para ajudarem nas buscas pelo casal. Naquele momento, Marcelo foi procurado e ele alegou, de acordo com informações repassadas pela família de Ana Rita, que tinha visto o casal “entrando em um carro estranho e indo para o centro”.

Familiares de Ana Rita estavam na residência no momento em que os corpos foram encontrados enterrados nos fundos do terreno onde o casal morava. Vizinhos relataram que viram Marcelo arando a terra do local com um trator nos dias anteriores, comportamento que não era comum por parte dele.

“Eu imaginava que alguém poderia ter sequestrado os dois para tomar o dinheiro deles, em nenhum momento eu pensei que poderia ter acontecido o pior”, relatou uma familiar de Ana Rita. No momento em que Marcelo foi detido pela Polícia Civil, na casa onde o casal morava, familiares dele também estavam presentes. Relatos de testemunhas apontam que Marcelo chegou ao local de motocicleta, alegando que estaria procurando pelo casal em uma comunidade próxima e questionando qual era a necessidade dos policiais na residência. As testemunhas afirmam que, após interrogado, ele já teria saído do local algemado e acompanhado das autoridades.

“Apesar de muitos indícios do envolvimento dele na situação, nós não tínhamos como apontá-lo como suspeito, mas muitos familiares e vizinhos já comentavam que poderia ter sido ele”, alegou uma familiar de Ana Rita. “Não tem como alguém pegar um trator e enterrar dois corpos ao lado da sua casa sem que levante suspeitas”, concluiu.

**Via JMais

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