Atletas do Paraná batem recorde de medalhas na Paralimpíada de Tóquio » Rádio Colmeia FM

Escute a rádio

Atletas do Paraná batem recorde de medalhas na Paralimpíada de Tóquio


31 de agosto de 2021

Foto: Ale Cabral/CPB

Os atletas do Paraná bateram o recorde de medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, antes mesmo do final da competição. Até agora são cinco, uma de prata e quatro de bronze, superando o resultado da Rio 2016. Todos são bolsistas do Geração Olímpica, programa do Governo do Estado, com patrocínio da Copel, que oferece bolsas de auxílio financeiro para técnicos e atletas de todos os níveis.

Três das medalhas foram conquistadas neste fim de semana, sendo duas de bronze na natação e outra no judô – todas de atletas maringaenses. As irmãs gêmeas Beatriz e Débora Borges Carneiro combinaram até na cor da medalha. No sábado pela manhã, Débora participou da final do revezamento 4×100 metros livre misto (classe S14, para deficientes intelectuais), equipe que terminou na terceira colocação.

A medalha de Beatriz veio no domingo, na final dos 100 metros peito. Ela chegou no terceiro lugar, apenas dois centésimos à frente da irmã. As duas retornam à piscina na noite dessa segunda-feira (30) para competir nos 200 metros medley.

Para fechar a trinca, ainda na manhã de domingo, a judoca Meg Emmerich venceu por ippon (golpe que finaliza a luta) o combate pelo bronze contra Altantsetset Nyamaa, da Mongólia, na categoria +70kg, classe da B3 – para deficientes visuais.

COMPLETANDO O RECORDE – As duas primeiras medalhas, que completam as cinco conquistadas até aqui, foram a prata de Jovane Guissone na esgrima em cadeira de rodas (disputa da espada, classe B) e de Eric Tobera, da natação, que participou da classificatória do revezamento 4x50m livre misto – 20 pontos (número que representa a somatória das classes integrantes na prova).

TREINADORES –As gêmeas de Maringá são treinadas por André Yamasaki, que também é bolsista do Geração Olímpica. O programa é o único do País que oferta bolsas a treinadores. Além dele, Fernando Barbosa, técnico da equipe de atletismo do Brasil, também é bolsista do programa. Dois de seus atletas (ambos do Rio de Janeiro) também conquistaram medalha: Wallace Antonio foi ouro no arremesso de peso (classe F55, para cadeirantes com comprometimento total de pernas) com direito a recorde mundial (12,63 metros) e Julyana da Silva bronze no lançamento de disco (classe F57, para cadeirantes com maior mobilidade), ela alcançou 30,49 metros.

EXPECTATIVA –Mais medalhas podem vir até domingo, melhorando ainda mais o resultado dos atletas do Paraná. A seleção brasileira de futebol de 5 (para cegos), já classificada para as semi-finais da competição, conta com três representantes do Geração Olímpica na equipe: Jefinho, Gledson e Cássio (capitão do time).

Outra boa chance de medalhas será no badminton, com Vítor Tavares (classe SH6, para atletas com acondroplasia, popularmente conhecida como nanismo). Ele é um dos cinco melhores do ranking mundial.

Na bocha adaptada, os irmãos Eliseu e Marcelo Santos competem tanto nas provas individuais quanto nas duplas (classe BC4, para atletas com quadro de origem não cerebral, como distrofia muscular progressiva, esclerose múltipla ou lesão medular com tetraplegia).

Eliseu já contabiliza cinco medalhas em Paralimpíadas: dois ouros (nas duplas em Pequim 2008 e Londres 2012), uma prata (duplas na Rio 2016, junto com Marcelo) e dois bronzes individuais (Pequim 2008 e Londres 2012).

Para finalizar, é bom ficar de olho na seleção brasileira de vôlei sentado, equipe tetracampeã parapan-americana e quarta colocada na Rio 2016. Três bolsistas do Geração estão no time: Daniel Jorge, Anderson Santos e Alex Witkovski
Confira a programação dos atletas do Paraná na Paralimpíada.

GERAÇÃO OLÍMPICA –Programa do Governo do Estado, realizado pela Superintendência do Esporte, o Geração Olímpica completa 10 anos em 2021. Neste período apoiou mais de 10 mil atletas e técnicos. É a maior iniciativa em nível estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta do País.

Foi criado com o objetivo de fortalecer os esportes com presença nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, mantendo os talentos esportivos no Paraná e fomentando a formação de novos atletas, além de ser o único a contemplar técnicos. Até agora, tinha como melhor resultado em jogos Olímpicos e Paralímpicos as duas medalhas de prata conquistas na Rio 2016 pelos bolsistas Ágatha Bednarczuk (vôlei de praia) e Marcelo Santos (bocha adaptada).

Compartilhe a matéria nas redes sociais:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia outras matérias relacionadas:


Maior café do mundo usa 300 kg de pó e água de caminhão pipa; é brasileiro

O maior café do mundo tem dono e é brasileiro. Vem de Brejetuba, interior do Espírito Santo. A cidade é conhecida como a “Capital Estadual do Café Arábica”. Para o preparo da bebida, são necessários mais de 300 quilos de pó de café e 4 mil litros de água quente, bombeados por um cano de […]

Máquinas iniciam trabalhos emergenciais no morro do Dona Mercedes em União da Vitória

O investimento do Governo do Estado é de R$ 31.608.111,24 e se trata de mais uma conquista que vem por meio do trabalho incansável do deputado Hussein Bakri As máquinas e trabalhadores da empresa Engemass já estão mobilizados no morro do Dona Mercedes em União da Vitória. A obra que se inicia nesta quarta-feira, dia […]

Inaugurado primeiro frigorífico de coelhos do Planalto Norte Catarinense

O Planalto Norte saiu na frente e nesta sexta-feira, 12, inaugurou o primeiro frigorífico de coelhos do Estado com registro no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) emitido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). O Frigorífico da Associação dos Pequenos Agricultores Ecológicos e Orgânicos (Apaeco) fica na Colônia […]