Bandeira do Contestado é Lei em Matos Costa

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Bandeira do Contestado é Lei em Matos Costa


8 de março de 2017

Foto: Comunicação Prefeitura de Matos Costa

Foto: Comunicação Prefeitura de Matos Costa

O Município de Matos Costa, novamente segue em rumo ao resgate da história do Contestado, foi aprovado por unanimidade na noite de segunda-feira, 6 de março de 2017, o Projeto de Lei que institui a Bandeira do Contestado como Símbolo do Município e da outras providencias.

O prefeito Raul Ribas Neto (PT) e o vice-prefeito Paulo Camargo (PMDB) foram felizes quando lançaram o projeto que prevê o seguinte:

Artigo 1º.  Fica adotada como símbolo do município de Matos Costa, a Bandeira do Contestado.

 

Parágrafo Único. A bandeira do CONTESTADO que trata esta Lei, será em cor branca e terá disposta de forma centralizada uma cruz verde com o ápice e as pontas dos braços chanfrados em ângulo agudo.

 

Artigo 2º. Na Semana do Contestado, instituída pela Lei estadual nº 12.143 de 05 de abril de 2002, comemorada anualmente de 20 a 27 de outubro, fica obrigatório o hasteamento da bandeira do contestado em eventos oficias do município e na rede escolar pública e privada, em todas as comemorações cívicas e históricas.

 

Na Sessão Legislativa que contou com o comando da presidente da Câmara, vereadora Danuza Rodrigues (PMDB), o vereador Carlos Marschalk(PMDB) depois da leitura do Projeto solicitou para que o Assessor de Comunicação da Prefeitura de Matos Costa, Jornalista João Batista, defendesse o projeto na Tribuna. Em suas colocações JB destacou a importância deste símbolo nos órgãos e prédios públicos do município e também ao lado das demais bandeiras em todos os eventos. Ao tempo em que lembrou a vida dos caboclos e o uso da bandeira  nos locais onde residiam e até durante as “batalhas”em que defendiam seu pedaço de chão. Falou dos municípios que já adotaram a bandeira como símbolo, parabenizou o prefeito pelo Projeto de Lei e solicitou a gentileza na aprovação. A bandeira foi apresentada aos vereadores e explicada que  as demais seguirão o mesmo padrão. Pano branco retangular, medindo 98.5 cm de altura por 44 cm de largura;

Cruz verde de seda aplicada na parte central superior, com 38,6 cm de distância da base ao ápice e 26,4 cm de ponta a ponta dos braços. A posição da cruz sobre a bandeira obedece às seguintes medidas: 35,4 cm da base até a parte inferior do pano; 24,6 cm do ápice até a parte superior do pano; 8,8 cm da ponta de cada braço até as laterais do pano.  A presidente  Danuza, solicitou um minuto de silencio em homenagem aos mortos na Guerra do Contestado.

Foto: Comunicação Prefeitura de Matos Costa

Foto: Comunicação Prefeitura de Matos Costa

O prefeito Raul comemorou e agradeceu aos vereadores e vereadora pela aprovação, na justificativa do projeto o chefe do executivo Matoscostense explica.

“O Projeto de Lei que ora estamos submetendo a apreciação dessa Egrégia Casa de Leis, tem a finalidade de instituir a bandeira do Contestado como símbolo oficial do município, e rememorar os redutos do passado e a religiosidade, na qual nossos irmãos caboclos rezaram, lutaram, mataram e morreram, na esperança de uma vida mais digna, para si e para seus descendentes que, genética, histórica, geográfica e politicamente somos todos nós, Matoscostenses”. Destaca Ribas.

O prefeito disse que os Caboclos do Contestado, a partir do momento em que se organizaram em ‘redutos’, criaram uma bandeira como seu principal símbolo. De forma retangular, feita de pano branco com uma cruz de seda verde costurada na parte central superior, era conduzida em forma de estandarte à frente dos combates ou abrindo as procissões diárias realizadas no ‘Quadro Santo’ de cada ‘reduto’.

Ainda na justificativa Raul explica que. “Os distintos grupos possuíram suas próprias bandeiras, de tamanhos variados, de confecção artesanal e tosca, sem proporções definidas, mas obedecendo sempre ao mesmo padrão, ou seja, de pano branco com a cruz verde no centro. Terminada a luta, tem-se a notícia de que restaram dois exemplares aprendidos pelas forças militares envolvidas no conflito. Um deles foi para o Museu Histórico da Bahia e o outro para Museu David Carneiro, em Curitiba (PR)”. Finaliza Ribas.

Matos Costa esteve envolvimento direto na referida “guerra”, já que o local ainda na época conhecido por São João dos Pobres, abrigava o Monge João Maria de Agostinho em suas constantes visitas, homem que era seguido pelos moradores e caboclos desta terra e deixou sua marca com o famoso “Pocinho de São João Maria”. Além deste fator a empresa Americana tinha propriedades e pequenas serrarias dentro dos limites do então distrito de Porto União (Século XIX e início do século XX).Em 1.914, no dia seis de setembro, São João foi atacado e muita gente tombou, caboclos e moradores do povoado, e no mesmo dia morreu também o defensor dos Caboclos que hoje oferece seu nome ao Município, o Capitão João Teixeira de Matos Costa.

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