Na última quinta-feira, 15 de março, veio a confirmação de que o município receberá do Ministério da Cidades, recursos suficientes para conclusão das 43 unidades habitacionais iniciadas no bairro São Bernardo do Campo em outubro de 2012. Contando com o apoio do deputado federal Marco Tebaldi que intercedeu insistentemente por esses recursos, os moradores que abriram mão de suas casas podem novamente ter esperanças de conquistar seu teto definitivamente.
Para quem não sabe da saga, em outubro de 2012 a administração municipal anunciou a obra que culminaria na construção de 150 casas populares em alvenaria. Ocorre que a obra foi anunciada próximo às eleições municipais e, por isso, nem teve início precisou ser interrompida. O problema é que 30 famílias aceitaram sair de suas residências de madeira para ceder espaço à obra na promessa de que teriam suas novas casas em alguns meses. As obras foram retomadas em dezembro de 2012 pela empresa licitada Construsul. Parou novamente reiniciando apenas em março de 2013 com número bem reduzido de funcionários segundo relato dos moradores.
Os moradores que abriram mão de suas casas entraram com uma ação coletiva contra a empesa Construsul na esperança de que as obras fossem retomadas. A empresa que deveria concluir a obra abandonou os serviços e mais uma licitação precisou ser aberta e nenhuma empresa se habilitou para a empreitada até porque os valores iniciais já estavam defasados. Nova licitação foi aberta em agosto de 2014 com valores atualizados e quem ganhou a concorrência foi a empresa Leme Ribas. Mais uma vez foram destinados poucos funcionários que apenas terminaram as nove casas iniciadas. Em agosto de 2015 a então administração municipal promoveu uma solenidade de entrega de nove das 150 unidades habitacionais anunciando também a continuidade de mais algumas unidades que seriam entregues dentro de alguns meses.
Resumindo, a obra de 150 casas que deveria ter sido concluída em junho de 2016 se arrastou até os dias de hoje. Os recursos que haviam sido devolvidos foram readequados para a construção de 43 unidades sendo que destas 18 já foram entregues à população. Segundo o secretário de planejamento Ivo Werle, “a redução de meta se deu por conta da defasagem de valores do contrato antigo. Quando o projeto inicial foi pleiteado, o valor aproximado de uma casa era 32 mil reais e hoje uma casa popular não custa menos de 50 mil reais. A redução da meta foi necessária para adaptar os recursos à realidade financeira do município que tem sua contrapartida da obra. Assim as vinte e cinco casas que faltam podem ser entregues o mais breve possível para os moradores que tiveram que deixar suas propriedades” afirmou.
Para a nova etapa da obra, com os recursos aprovados, a próxima fase é a liberação da Caixa Econômica Federal seguindo da abertura da licitação. Aí então a empresa vendedora dará início à retomada da conclusão das nove casas que já iniciaram e à construção de mais dezesseis, totalizando 43 unidades habitacionais. Além das casas, outras melhorias poderão ser vistas no bairro já que a pavimentação inclui calçamento para as ruas, passeios com acessibilidade e substituição das luminárias.