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Com 6 casos de varíola dos macacos, SC confirma transmissão comunitária da doença


29 de julho de 2022

Ilustrativa

Com seis casos confirmados de varíola dos macacos em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde anunciou nesta quinta-feira (28) ações de prevenção à doença. O objetivo, conforme a pasta, é tornar a estratégia de identificação e isolamento de pacientes mais efetiva. A secretaria confirmou que há transmissão comunitária da doença, ou seja, quando não é mais possível identificar o local onde a pessoa foi infectada.

Com as ações de prevenção, a pasta quer evitar que a doença chegue ao público mais vulnerável, como as crianças, gestantes e imunocomprometidos.

Entre as ações para evitar a propagação da doença está a atualização de uma nota de alerta aos serviços de saúde para a detecção de casos suspeitos.

Além disso, os profissionais de saúde que atendem casos de infecções sexualmente transmissíveis também precisam ficar atentos para suspeita de varíola dos macacos.

Perfil dos casos em SC

Dos 32 casos notificados da doença em Santa Catarina, cinco são de moradores do estado e um de São Paulo. Destes são 16 ainda suspeitos, 10 foram descartados e os seis confirmados, sendo três em Florianópolis, um Leoberto Leal, no Vale do Itajaí, e outro em Joinville, no Norte. Há ainda um caso importado que, embora tenha sido notificado por Santa Catarina, é de residente no estado de São Paulo.

“Os casos têm se concentrado em adultos jovens, na faixa dos 20 a 39 anos. Quando a gente pensa em sintomas, a maior parte apresenta lesões cutâneas, mas também apresentam dor de garganta, fraqueza, dor de cabeça, febre, dores no corpo”, afirmou o diretor da Dive do estado, João Fuck.

O que é a varíola dos macacos?

O Ministério da Saúde informou na quarta (27) que, até o momento, o Brasil tem 978 casos da varíola dos macacos, conhecida como monkeypox, confirmados no Brasil.

Trata-se de doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família do vírus da varíola humana.

Os casos dessa infecção eram relativamente comuns na África Central e na África Ocidental, especialmente em regiões com florestas tropicais. Mais recentemente, o número de casos parece ter aumentado também em áreas urbanas.

Apesar do nome, os principais hospedeiros desse vírus na natureza são roedores. Mas primatas não humanos também são afetados por esse tipo de varíola.

Sintomas

De modo geral, os sintomas mais comuns são:

  • febre
  • dor de cabeça
  • dores musculares
  • dor nas costas
  • gânglios (linfonodos) inchados
  • calafrios
  • exaustão

Entre 1 e 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.

Formas de transmissão

A varíola dos macacos é transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, as secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada. Até agora, o patógeno não foi descrito oficialmente como uma infecção sexualmente transmissível, mas a doença pode ser passada durante a relação sexual pela proximidade e o contato pele a pele entre as pessoas envolvidas.

Emergência de saúde global

Desde sábado (23) a varíola dos macacos foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma “emergência de saúde global”. A decisão pode levar a um maior investimento no tratamento da doença e avançar na luta por vacinas, que estão em falta. Na prática, o estado de emergência obriga agências sanitárias pelo mundo a aumentar medidas preventivas.

Atualmente, só há outras duas emergências de saúde deste tipo: a pandemia do coronavírus e o esforço contínuo para erradicar a poliomielite.

Transmissão entre homens preocupa

A OMS mostrou preocupação com o fato de a maioria dos casos notificados de varíola dos macacos terem ocorrido entre homens que fazem sexo com homens. Nesta quarta-feira (27), a entidade fez um alerta para este público, mas ressaltou que o risco de contrair a doença não está restrito a apenas um grupo.

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