Confira como funcionam as bandeiras tarifárias » Rádio Colmeia FM

Escute a rádio

Confira como funcionam as bandeiras tarifárias


5 de julho de 2021

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Anúncios de aumento na conta de luz são sempre motivo de preocupação. Desde 2015 que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) resolveu adotar o sistema de bandeiras na conta de luz, para o consumidor saber se está pagando o valor normal ou um valor a mais pela energia elétrica. As bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica.

Elas são indicadoras do valor da energia – de quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, nos estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre nenhum acréscimo.

A bandeira amarela significa que as condições de geração de energia não estão favoráveis, e a conta sofre acréscimo de R$ 1,874 por 100 kilowatt-hora (kWh) consumido. A bandeira vermelha mostra que está mais caro gerar energia naquele período. A bandeira vermelha é dividida em dois patamares. No primeiro patamar, o valor adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo, na razão de R$ 3,971 por 100 kWh; o patamar 2 aplica a razão de R$ 9,492 por 100 kWh.

“Com as bandeiras tarifárias, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo e diminuir o valor da conta (ou, pelo menos, impedir que ele aumente)”, explica a Aneel em seu site.

Reajuste das bandeiras

Os valores das bandeiras foram reajustados no dia 29 de junho. O aumento mais significativo foi o do patamar 2 da bandeira vermelha, o mais alto de todos. O aumento foi de 52%.

Esse aumento, no entanto, não é calculado em cima do valor total da conta de luz, e sim no acréscimo gerado a cada 100 kWh consumido. O reajuste das bandeiras provoca um impacto no valor final da conta de luz, segundo a Aneel, de 4,9%.

Por que a conta aumenta?

A usina hidrelétrica, que gera energia a partir da força da água nos reservatórios, é a mais barata e a primeira opção do SIN. Por isso, em épocas de muita chuva e reservatórios cheios, a bandeira tarifária costuma ser a verde, porque a energia está sendo produzida da maneira mais em conta.

Em períodos de estiagem, quando o nível dos reservatórios diminui, é necessário captar energia de outros tipos de usina, como as termelétricas. Esse tipo de usina gera energia a partir de combustíveis fósseis, como diesel e gás. Além de ser mais poluente, é mais cara. Por isso, quando as termelétricas são acionadas, o custo da geração de energia aumenta e a bandeira tarifária muda.

Quem faz a avaliação das condições de geração de energia no país é o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). É ele que define a melhor estratégia de geração de energia para atendimento da demanda. Ela define a previsão de geração hidráulica e térmica, além do preço de liquidação da energia no mercado de curto prazo.

Compartilhe a matéria nas redes sociais:

Leia outras matérias relacionadas:


Secretaria de Agricultura de Porto União divulga calendário das feiras de venda de peixe

A Secretaria de Agricultura informa as datas e locais das feiras de venda de peixe:             •          03/03 – Terminal Rodoviário Urbano             •          04/03 – Terminal Rodoviário Urbano e Praça Hercílio Luz (Praça do Chafariz)             •          05/03 – Avenida Santa Rosa (em frente ao Gesso GVI), Praça do Bairro Santa Rosa, Avenida dos […]

Santa Catarina tem a menor proporção de jovens que nem estudam e nem trabalham no Brasil

A parcela de jovens catarinenses entre 14 e 24 anos de idade que não estudam e que estão fora da força de trabalho ou estão desocupados é de 10,6%. Esse resultado posiciona Santa Catarina como o estado com o menor índice de “nem-nem” do país. O resultado é significativamente menor que a média nacional, de […]

Renda das famílias de Santa Catarina cresceu 14,6% em 2024

Santa Catarina subiu uma posição no ranking nacional de renda média das famílias e agora ocupa a quarta colocação no país. No estado, a renda média domiciliar passou de R$ 2.269 em 2023 para R$ 2.601 em 2024, uma alta de 14,6%, ou R$ 332 em valores nominais. Os dados são apurados pelo IBGE e consideram […]