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Consumo diário de refrigerante pode aumentar risco de calvície em 57%


2 de fevereiro de 2023

Ilustrativa

Já é de conhecimento geral que o consumo exagerado de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, pode ser responsável por uma série de problemas de saúde, incluindo o desenvolvimento de diabetes. Porém, cientistas descobriram que os produtos podem ter uma ação direta também na aparência do consumidor.

De acordo com o estudo da Universidade de Tsinghua, em Pequim, que analisou dados de cerca de mil homens entre 18 e 45 anos, o consumo diário de refrigerantes pode aumentar o risco de queda de cabelo em até 57%. Os participantes que tomavam refrigerante de uma a três vezes na semana tiveram risco de calvície aumentado em 21%. A pesquisa foi publicada em janeiro deste ano na revista científica Nutrients.

“A possibilidade de a calvície estar associada ao açúcar existe sim. O consumo em excesso causa pequenas lesões nos vasos sanguíneos, o que afeta a vascularização dos folículos pilosos e favorece a queda de cabelo”, explica a dermatologista Renata Mariella, da clínica Renoir Especialidades Médicas, em Brasília.

A especialista aponta que o estudo é interessante e, apesar de suas limitações, mostra mais uma forma de prevenir a calvície — evitando o excesso de açúcar. Os cientistas chineses apontam que apesar de as bebidas açucaradas serem cada vez mais comuns e causarem uma série de outras condições de saúde, o efeito negativo na aparência pode ser suficiente para chamar a atenção da população jovem e incentivar a diminuição do consumo.

Calvície

Existem diversas causas que podem desencadear a queda de cabelo. A mais conhecida, mas menos comum, pode atingir homens e mulheres, e é conhecida como alopecia androgenética. “Os primeiros sinais podem ser notados em torno dos 20 anos de idade. Eles evoluem com o passar dos anos e, apesar de existirem diversos tratamentos, a única solução definitiva disponível para quem tem a condição é o implante capilar”, esclarece a dermatologista.

Ela explica que, em geral, a principal causa para a queda de cabelos em homens é a ação local dos hormônios masculinos, que causam uma miniaturização dos fios, diminuindo progressivamente o seu crescimento. Outras razões frequentes para o problema são:

Ansiedade;

Diabetes;

Alteração de colesterol;

Obesidade e doenças metabólicas no geral.

Como não ficar careca

O tratamento é individualizado e vai depender do grau de evolução da perda de cabelo, de outras doenças associadas e da saúde geral do paciente. Segundo a dermatologista, a área tem resultados cada vez melhores, ainda que não exista uma solução pouco invasiva e definitiva para a calvície.

“Existem diversas opções, como medicações orais e tópicas, remédios com aplicação na região intradérmica feita com procedimentos minimamente invasivos, e o transplante capilar”, afirma Renata.

Assim que o paciente notar os primeiros sinais de diminuição do volume capilar, deve procurar avaliação médica especializada — assim, se pode definir um protocolo adequado para retardar a evolução da careca.

**Metrópoles

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