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Curso de Enfermagem da Uniguaçu alerta sobre Febre Amarela


21 de fevereiro de 2019

Foto: Divulgação

O curso de Enfermagem da Uniguaçu, preocupado com o avanço de problemas relacionados a transmissão do vírus da Febre Amarela e sabendo que é diretamente responsável pela saúde da população, repassa algumas informações sobre a doença.

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A febre amarela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

É uma doença que, se estiver presente na comunidade, deve ser avisado imediatamente às autoridades públicas sanitárias de saúde, ou seja, todo evento suspeito (tanto morte de primatas não humanos, quanto casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser prontamente comunicado em até 24 horas após a suspeita inicial, via mais rápida.

Atualmente, a febre amarela silvestre (FA) é uma doença endêmica no Brasil (região amazônica). Na região extra-amazônica, períodos epidêmicos são registrados ocasionalmente, caracterizando a reemergência do vírus no País. O padrão temporal de ocorrência é sazonal, com a maior parte dos casos incidindo entre dezembro e maio, e com surtos que ocorrem com periodicidade irregular, quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão (elevadas temperaturas e pluviosidade; alta densidade de vetores e hospedeiros primários; presença de indivíduos suscetíveis; baixas coberturas vacinais; eventualmente, novas linhagens do vírus), podendo se dispersar para além dos limites da área endêmica e atingir estados das regiões Centro.

É fundamental a cobertura vacinal da população em todo o território nacional, esta é a principal forma de prevenir a febre amarela. Qualquer pessoa não vacinada, independentemente da idade ou sexo, que se exponha em áreas de risco e/ou com recomendação de vacina.

 

Sintomas:

 

Os principais sinais e sintomas da febre amarela incluem: início súbito de febre; calafrios; dor de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver algumas complicações como: febre alta; icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos); hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal); eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

A maioria das pessoas melhoram após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Depois de identificar alguns desses sintomas, é necessário a procura de um médico na unidade de saúde mais próxima, informando sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se observou mortandade de macacos próximo aos lugares em que visitou, assim como picadas de mosquito. Informe, ainda, se tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.

 

 Prevenção:

 

A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta vacina contra febre amarela para a população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para essas áreas deve se imunizar.

A vacina, que é administrada via subcutânea, está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez.

Em áreas consideradas de maior risco de exposição como matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural, recomenda-se que medidas de proteção individual sejam adotadas, principalmente para quem tem alguma contraindicação para receber a vacina como: usar repelente de insetos de acordo com as indicações do produto; proteger a maior extensão possível de pele através do uso de calça comprida, blusas de mangas compridas e sem decotes, de preferência largas, não coladas ao corpo; meias e sapatos fechados; evitar, na medida do possível, o deslocamento para áreas rurais e, principalmente, adentrar em matas, seja a trabalho ou turismo; passar o maior tempo possível em ambientes refrigerados, uso de mosquiteiros e telas nas janelas.

Além da vacina, deve-se manter os cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos, mantendo as casas e as ruas limpas sem acúmulo de água parada, habitat ideal para reprodução dos vetores.

Locais que têm matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são consideradas como áreas de risco. No Brasil, no entanto, a vacinação é recomendada para as pessoas a partir de 9 meses de idade conforme orientações para vacinação e que residem ou se deslocam para os municípios que compõem a Área Com Recomendação de Vacina.

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