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Na manhã deste sábado, 1º, o Deputado Federal pelo Paraná, Tadeu Veneri (PT), esteve no Jornal da Manhã para uma entrevista a respeito do desenvolvimento regional e a questão da BR 476, trecho de União da Vitória a São Mateus do Sul principalmente, que se encontra em situação crítica.
União Vitoriense, Veneri tem suas raízes no município. O político passou 20 anos como Deputado Estadual e 8 anos como vereador em Curitiba. Em sua trajetória, ele defende o desenvolvimento territorial e regional.
Segundo ele é preciso pensar a região Sul do Paraná, onde fica União da Vitória, além da madeira e agropecuária, trazendo para a região mais empregos e melhor remuneração com um plano de desenvolvimento regional.
Nesta semana Veneri esteve em conversas com os responsáveis do Hospital Regional São Camilo, sinalizando a necessidade de um acesso na rodovia. Ele pretende viabilizar algo para melhoria desta situação. Também esteve em conversa com o prefeito Ary Carneiro Júnior.
Já na questão da BR 476, Veneri colocou que a estrada foi construída a partir de uma reivindicação, na época década de 60, para escoamento de madeira e frigoríficos. A rodovia, que era estrada de chão, recebeu asfalto com capacidade de 10 a 15 toneladas e na época o tráfego era pequeno. “Não se tinha uma previsão de crescimento”, frisou.
“Grande parte da BR 476 foi construída próximo e/ou nas calhas do Rio Iguaçu, tornando o terreno de difícil manutenção”, disse. De acordo com o Deputado, “também houve uma migração da 277 para cá, aumentando brutalmente o peso de carga que passava na rodovia”.
Para ele “não basta tapar buraco, tem que refazer a rodovia”. Foi então questionado sobre a o pedido do Governo do Estado ao Governo Federal, a delegação dos 85 quilômetros da rodovia, trecho entre São Mateus do Sul e União da Vitória, que foi negada pelo Governo Federal no final do ano passado.
Segundo o Deputado, demoraria mais tempo para realizar a transferência, algo em torno de dois anos, do que de fato licitar e realizar as obras pelo Governo Federal.
A obra já foi licitada e a empresa ganhadora do processo foi a Ethos Engenharia de Infraestrutura S.A. De acordo com Veneri, a ordem de serviço já foi assinada e a empresa aguarda liberação do dinheiro para iniciar as obras. São R$88 milhões mais aditivos. Para colocar as máquinas na BR 476 e começar os trabalhos na rodovia a empresa exige R$5 milhões depositados.
A situação só vai se desenrolar após a votação do orçamento deste ano. A LOA de 2025 deveria ter sido aprovada no fim do ano passado pelo Congresso, mas questões políticas provocaram atrasos, como a votação da PEC do Corte de Gastos e a exigência de transparência nas emendas parlamentares.
Quando o Congresso não aprova o Orçamento em dezembro, o Poder Executivo fica autorizado a realizar apenas despesas essenciais ou obrigatórias.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) convocou a reunião para votar o Orçamento deste ano para depois do Carnaval. De acordo com Tadeu Veneri a votação acontece no dia 12 de março.
Ouça na íntegra a entrevista completa AQUI.