‘Necessidades Psicológicas Infantis no Contexto da Pandemia’ foi o tema da palestra realizada no dia 23 de julho. O evento virtual e direcionado aos profissionais de educação do município de União da Vitória, numa parceria entre a Vara da Família e CEJUSC e secretaria municipal de Educação focou o cenário atual e as perspectivas de um retorno. Mesmo sem uma definição ou previsão de data para que isso ocorra e as escolas sejam reabertas.
O juiz Carlos Mattioli, da Vara da Família e que coordena o CEJUSC, destacou o trabalho de Ricardo Brugnago que desenvolveu e é o autor intelectual do projeto Dedica. “Uma integração de toda a sociedade de União da Vitória em prol da educação”, observou. A psicóloga Marcelle Rossa focou o cenário atual das necessidades psicológicas infantis.
As crianças sofrem grande estresse e podem apresentar sintomas físicos e psicológicos, ter modificações no comportamento e no estado emocional. Portanto precisam estar preparadas quando aulas presenciais retornarem e destacou a importância de levar experiências boas que dependem muito do ambiente familiar.
Vivência e experiência
Ela questionou o que as crianças levarão de hoje para o futuro neste período de pandemia. As consequências, até emocionais, ainda não são mensuráveis, no entendimento da profissional. A palestra visou inspirar os educadores para auxiliar no trabalho de superação, frente à pandemia. As crianças conseguem ouvir o que está na mídia e compreender numa forma diferente, criando fantasias acerca do que ocorre. No retorno às aulas e no dia a dia é preciso mostrar de forma compreensível o que é o Coronavírus, sem minimizar o problema, e nem potencializar de forma catastrófica.
“Falar na linguagem dela”, orienta a psicóloga. Há falta de consciência sobre a doença por muitos na sociedade, o que acaba consciente ou inconscientemente sendo ensinado de forma incorreta pelos adultos que seguem a vida sem o entendimento do problema. Ou seja, parece que estão num período de férias. Isso acaba sendo observado e copilado pelas crianças, sem a atenção à gravidade do Covid-19.
Também têm as vulneráveis que é um público que precisa de carinho e atenção no retorno. São aquelas suscetíveis ao risco social, em diversas esferas e que carecem de maior apoio. Podem passar por ausência de atenção e até alimentos, neste período de isolamento. No retorno destas crianças, os confinados terão níveis altos de estresse, segundo Marcelle.
Ouvir e estimular a livre expressão são outras duas questões essenciais. Ter segurança, mas ter limites, com regras. Estabilidade emocional dos adultos, com rotinas e regramentos são fundamentais. Quando houver ‘um não’ tem de haver o entendimento do porquê? Também ajudando na compreensão do que é esperado dela. Dar o exemplo adequado, se atentar em fazer as mesmas coisas que ensina.
Estimular e educar
Necessidade de estímulos é outro ponto importante, especialmente os positivos. Ler histórias e criar estes ambientes. “A escola sempre precisou e vai precisar trabalhar nas brechas da sociedade e da família”, observou a psicóloga. Trazendo para si o trabalho de atuar neste sentido, a escola alcança onde os demais serviços públicos não atingem. Novas práticas escolares serão necessárias, num retorno às aulas presenciais.
Marcelle Rossa fechou sua palestra levando estes conceitos para os educadores, no sentido de fomentar o entendimento para administrar e superar estas situações psicológicas.
Serviço
O atendimento ao público, em União da Vitória – Vara da Família/CEJUS, continuará sendo realizado de forma remota, pela disponibilização de contato com a equipe de atendimento através dos telefones e e-mails abaixo relacionados:
CEJUSC – Balcão virtual
– Segundas, terças e quintas-feiras: (42) 3309-1940 (chamadas e WhatsApp) – das 12h30 às 16h30
– Segundas, quartas e sextas-feiras: (42) 3309-1942 (chamadas e WhatsApp) – das 12h30 às 16h30
E-mail: vffs@tjpr.jus.br e/ou atendimentovarafamiliauva@gmail.com