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Jogo Aberto: conheça como funcionam os atendimentos e projetos da Rede Feminina de UVA


6 de outubro de 2020

Imagem: Mariana Baufleur/Rádio Colmeia

O Outubro Rosa foi tema do Jogo Aberto deste sábado, 3 de outubro, que teve a presença da vice-presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de União da Vitória, Rosa Augusta Hausen. Ela contou como funciona o atendimento da Casa Bebel para a comunidade e quais são os projetos trabalhados.

Rosa Augusta Hausen

Fundada em 1966 aqui nas cidades de Porto União e União da Vitória, a Rede Feminina ficou um tempo desativada e, em junho de 1996, foi reativada. Na época a proposta de reativação era em prol da construção da ala oncológica do hospital São Brás.

De acordo com Rosa, a Rede faz o atendimento aos pacientes regionais no Hospital São Brás através do acolhimento, recepção, fazendo a humanização durante o processo de quimioterapia. Atende a região da Amplanorte e da Amsulpar. Já na Casa Bebel, atendem a pacientes de União da Vitória e Porto União, sendo realizado pelas voluntárias e pelas profissionais contratadas.

Tipos de atendimento  

As campanhas são voltadas para a prevenção, divulgando a necessidade de hábitos saudáveis e realizar os exames preventivos. No sentido de que quanto antes descobrir a doença mais fácil o tratamento e maior a chance de cura. “Esse é o trabalho preventivo”, colocou.

Ao paciente que já tem diagnóstico é feito um cadastro em que ele recebe a proposta de atendimento das profissionais. Ele pode escolher se quer e se precisa ser atendido. A Casa conta com duas assistentes sociais, uma nutricionista, uma fisioterapeuta e uma psicóloga.

Para Rosa o paciente também necessita de outros tipos de suporte nesta fase. Há então os grupos de fortalecimento de vínculos, grupo de formação de renda, grupos de culinária e artesanato. “Temos essas formas de atuar em grupos”, afirma.

O atendimento também se dá por meio do empréstimo de equipamentos como camas hospitalares, colchões, cadeiras de roda, de banho, etc. “O que ele estiver precisando dentro daquela condição que a doença o levou”, fala Rosa. Devido ao tratamento muitos pacientes ficam desnutridos e é passado por uma avaliação da nutricionista.

Caso o paciente não tenha condições financeiras, a Rede oferece cestas básicas, cestas de frutas e verduras, suplemento nutricional e leite que são doados. “Depende da orientação da nutricionista”, apontou. Em questão de vestimenta, roupa de cama, cobertores, manta, toucas, a Casa também disponibiliza tudo gratuitamente. Existe o cantinho da beleza, em que é feita a doação de perucas e lenços para as mulheres em tratamento quimioterápico.

Caso a pessoa não necessite de nada, ainda é pedido para que realize o cadastro na Rede, pois é feito um levantamento e se tem estatísticas em relação ao câncer nas cidades. É feito um controle de todos os tipos de câncer, de todas as pessoas que estão fazendo o tratamento, que já estão em alta e que foram a óbito, sendo “importante que a pessoa faça o cadastro quando ganha o diagnóstico”.

As voluntárias fazem visitas domiciliares nas cidades, levando conforto, verificando as necessidades dos pacientes e das famílias, acompanhando o tratamento. Semanalmente elas vão nas segundas-feiras visitar pacientes de União da Vitória e nas quartas-feiras de Porto União.

Image: Facebook RFCC

Captação de recursos

Para manter a Casa Bebel e continuar o atendimento aos pacientes oncológicos, há a parte de captação de recursos. O brechó Bebel faz parte dessa captação, sedo responsável por 85% da arrecadação. A comunidade faz as doações e as peças/produtos passam por triagem e vão para a venda. “É a nossa principal fonte de renda”, apontou Rosa. O Brechó Bebel funciona todos os dias segunda a sexta das 13h45 às 16h45, horário modificado devido a pandemia.

Imagem: Adriano Dziduk/Rádio Colmeia

A Nota Paraná é o segunda fonte de recursos que mais contribui. Quando não se coloca o CPF nos cupons fiscais das compras, pode-se doar esses cupons para a Rede Feminina. Há urnas espalhadas por todo o comércio das cidades. Doando as notinhas, os impostos das compras são revertidos em prol da instituição.

Outro tipo de captação é o sócio contribuinte, que qualquer pessoa pode se tornar. Uma voluntária faz a cobrança todos os meses e pode-se contribuir com qualquer quantia. Os lacres de latinha de refrigerante e cerveja também podem ser doados contribuindo com a Casa.

Há um convênio com a Ecovale em que a empresa comercializa os lacres que é revertido em equipamentos, como cadeiras de rodas, cadeiras de banho, andadores, bengalas e muletas. Esses equipamentos são emprestados a comunidade em situações de emergência. Há também os equipamentos que são emprestados exclusivamente aos pacientes oncológicos.

O porquê do Outubro Rosa?

O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referente ao câncer de mama e ou mamografia no mês de outubro, posteriormente com a aprovação do Congresso Americano o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.

Em União da Vitória e Porto União a primeira campanha do Outubro Rosa foi realizada em 2009, e teve o apoio das prefeituras para iluminar os monumentos das cidades, relembrando as pessoas sobre o mês rosa. “Para que todos lembrem, esse é o mês da prevenção do câncer de mama”, apontou. Este ano o lançamento se deu pelo Drive Thru Bebel realizado no dia 1 de outubro.

Imagem: Adriano Dziduk/Rádio Colmeia

Acompanhe o programa na íntegra:

Serviço

Rede Feminina de Combate ao Câncer de União da Vitória e Porto União

Endereço: Rua Coronel João Gualberto, nº 300 – centro de União da Vitória

Telefones: fixo 3522-7060 WhatsApp 9 8844-5537

Facebook: @redefemininapuva

Instagram: @casabebel

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