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Jogo Aberto: entenda o significado e a importância do “setembro amarelo”


23 de setembro de 2020

Divulgação

Desde 2015, o mês de setembro foi escolhido para ser o mês da realização de uma das campanhas mais importantes do país, a do combate ao suicídio. Oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é no dia 10, mas a campanha se desenvolve durante todo o mês, chamando-o de “Setembro Amarelo”, mês de valorização da vida.

Apesar de o assunto ser delicado e até tratado como um “tabu”, é importante ser debatido sobre as maneiras de prevenir um ato de suicídio, até porque, muitas pessoas pensam que é um ato distante e que afeta poucas pessoas, mas os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram o contrário. De acordo com pesquisas, a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do mundo.

Gláucio Érico de Almeida Silva, voluntário do projeto “União Pró Vida” / Imagem Gisele Ovitski – Rádio Colmeia

Para falar sobre esse tema, a Rádio Colmeia no dia 19 de setembro trouxe no programa “Jogo Aberto”, Gláucio Érico de Almeida Silva, voluntário do projeto “União Pró Vida”, que presta apoio emocional por meio da Abordagem Centrada na Pessoa; que consiste em ver a pessoa por inteira, respeitando sua individualidade e acreditando em suas potencialidades.

Érico explicou primeiramente como surgiu o mês “amarelo”, contando a história de Mike Emme, um jovem de 17 anos, que residia com sua família em Westminster, cidade no Colorado nos Estados Unidos; que em 1994 cometeu o ato de suicídio dentro de seu Ford Mustang 1968, amarelo. Sem saber como pedir ajuda, Mike apenas deixou um bilhete pedindo para que seus pais não se culpassem pelo o que ele havia feito.

Durante seu enterro, os pais distribuíram cartões com fitas amarelas para todos os que estavam presentes. No cartão havia a frase: “se você está pensando em suicídio, entregue este cartão a alguém e peça ajuda”. Logo em seguida, uma pessoa que estava no funeral espalhou os cartões pela cidade, e em semanas os pais de Mike começaram a receber ligações de pessoas de todo o estado pedindo por ajuda.  A partir de então, diversas campanhas começaram a serem realizadas, levando a cor amarela em homenagem ao rapaz.

Para Érico, o tema se trata de um problema de saúde publica que afeta pessoas que já possuem problemas emocionais ou não, destacando que no projeto “União Pró Vida”, os voluntários buscam justamente fazer com que a pessoa desabafe; aceite, reconheça e entenda o que passa com seus sentimentos. Quanto à questão da divulgação do tema, Érico enfatizou que os meios de comunicação precisam atuar de forma coerente, levando apenas o que seja necessário, sem divulgar imagens e não dando detalhes sobre o modo em que a pessoa tirou sua vida, até para não influenciar outros a cometer o mesmo e reservar o lado da família, que se sente muitas vezes pressionada.

Quanto às causas, Érico ressaltou que muitas vezes o fator está ligado a depressão, ansiedade, uso abusivo de álcool e outras drogas, bullying; violência sexual; violência doméstica, entre outros. “Pode atingir qualquer pessoa, de qualquer religião, de qualquer raça ou nível social; são fatores de acordo com histórico de cada pessoa, de traumas que podem ocorrer lá na infância” conta o voluntário.

Para ajudar uma pessoa que está passando por problemas psicológicos, os que estão a sua volta precisam estar atentos aos sinais de cansaço constante e indisposição frequente, a sensação continua de tristeza, alterações no apetite e sono, muitas dores pelo corpo, o desinteresse por aquilo que a pessoa mais gostava, isolamento social, falta de concentração, sentimento de culpa, perda da autoestima e outros. Enfatizando que muitas pessoas não demostram possuir a doença. “Todos usamos máscaras para não demonstrar nossos sentimentos, a própria sociedade nos faz isso”, explica Érico, enfatizando o porquê é importante prestar atenção nos detalhes e procurar um tratamento.

Se você que está lendo está matéria precisa de ajuda, procure o projeto “União Pró Vida”. O atendimento neste momento de pandemia está sendo realizado via telefone fixo e WhatsApp de segunda a sábado das 8h às 12h e das 14h às 22h de forma gratuita e sigilosa.  Telefone fixo 42 3523 7217 | Whatsapp 42 991381467 ou 988900279.

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Acompanhe o programa na integra abaixo:

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