Nasce primeiro bebê com DNA de três pessoas, no Reino Unido » Rádio Colmeia FM

Escute a rádio

Nasce primeiro bebê com DNA de três pessoas, no Reino Unido


11 de maio de 2023

Foto: Ilustrativa/Freepik

O primeiro bebê com DNA de três pessoas diferentes nasceu no Reino Unido. A gravidez deu-se por uma técnica chamada tratamento de doação mitocondrial (TDM), na qual o país é pioneiro na regulamentação, aprovada em 2015. Até então, havia se realizado esse procedimento apenas de forma experimental. De acordo com a Autoridade de Fertilização Humana e Embriológica britânica (HFEA), 32 pacientes já receberam o aval para realizar o tratamento.

Dessa forma, o TDM destina-se a mulheres que possuam um alto risco de transmitir alguma doença mitocondrial, que afetam a mitocôndria (parte da célula responsável pela produção de energia), que não possuem cura. Logo, com este procedimento, essas mulheres podem ter filhos biológicos sem que passem o diagnóstico às crianças. No Reino Unido, a regulamentação permite apenas que indivíduos com formas graves do quatro estejam elegíveis ao tratamento, e devem passar por uma análise e aprovação da HFEA.

Processo

No decorrer do tratamento, os médicos usam as mitocôndrias de um óvulo de uma doadora saudável para substituir a parte que carrega as mutações danosas do gameta da mãe. Em ambos os dois métodos aprovados no Reino Unido, o material da doadora corresponde a menos de 1% da genética final da criança. Portanto, a doadora não possui qualquer direito legal sobre o bebê, e deve permanecer em anonimato.

Os dois métodos são chamados de: transferência do fuso materno (TFM) e transferência pronuclear (TPN). No TFM, remove-se o material genético nuclear do óvulo da mãe, e em seguida, transfere-se para o da doadora. Nesse caso, fecunda-se o gameta, através de fertilização in vitro com o esperma do pai e assim se cria o embrião saudável.

Na TPN, fertilizam o óvulo da mãe com o esperma do pai em laboratório, e se fertiliza o gameta com o mesmo esperma. Depois, troca-se o material genético nuclear do embrião formado pelo material do outro embrião – que carrega as informações de quem será de fato a mãe.

“Em ambas as técnicas, se criam os embriões usando seu material genético nuclear (os genes que fazem de você quem você é) e mitocôndrias saudáveis ​​doadas”, explica a página sobre o tratamento da HFEA. Em comunicado, a autoridade diz que, desde 2018, quando a clínica de Newcastle tornou-se o primeiro centro licenciado para realizar o procedimento, que já conta com mais de 30 aprovações.

**Via O Hoje

Compartilhe a matéria nas redes sociais:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia outras matérias relacionadas:


Porto Vitória prorroga prazo para cadastro de sepulturas do cemitério municipal

A Prefeitura de Porto Vitória por meio de um decreto, prorroga por mais 90 dias o prazo para que moradores realizem o cadastro das sepulturas de seus entes queridos no cemitério municipal. O decreto que entra em vigor nesta terça-feira, dia 30 de abril, busca regulamentar e organizar o uso do cemitério, visando à liberação […]

Chuvas no Rio Grande do Sul deixam 31 mortos e 74 desaparecidos

O boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul atualizado na manhã desta sexta-feira (3) confirmou 31 pessoas mortas, 56 feridas e 74 desaparecidas em todo o estado, por causa das fortes chuvas que atingem a região desde a última terça-feira 30. Há ainda 7.165 pessoas em abrigos e outras 17.087 […]

União da Vitória se une em solidariedade ao Rio Grande do Sul

A Prefeitura de União da Vitória, em colaboração com a Cáritas de União da Vitória, está lançando uma campanha de arrecadação de donativos para ajudar o Estado do Rio Grande do Sul, que enfrenta momentos de tensão e desafios devido às inundações e chuvas torrenciais. Assim como em 2023, quando União da Vitória recebeu assistência […]