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Paraná confirma transmissão comunitária da variante delta e mais 16 casos


29 de julho de 2021

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A Secretaria de Estado da Saúde, o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmaram nesta quarta-feira (28) a transmissão comunitária da variante delta do coronavírus no Paraná. O conceito é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.

Mesmo com essa confirmação, a predominância atual ainda é da cepa gama (P1/amazônica), que apareceu em janeiro. Ela não tem esse status de alerta junto aos organismos internacionais, mas estudos preliminares indicam que ela também é mais contagiosa que a versão original do vírus.

A Secretaria da Saúde também confirmou mais 16 casos e seis óbitos da delta no Paraná. Agora, o Estado soma 29 casos e 12 óbitos da cepa B.1.617 do vírus da Covid-19. São sete mulheres e nove homens com idades de 12 a 83 anos. As novas confirmações foram em Araucária (1), Colombo (1), Curitiba (3), Fazenda Rio Grande (1), Piên (2), Piraquara (1), Pinhais (1), Fernandes Pinheiro (3), Irati (1), Imbituva (1) e Campo Mourão (1).

Quatro casos estão encerrados como cura, um paciente teve alta e cinco estão em investigação. Com relação aos óbitos, ocorridos entre 6 e 28 de julho em Curitiba (2), Piên (2), Imbituva e Irati, foram quatro homens e duas mulheres, com idades de 31 a 83 anos. As informações foram repassadas por meio do relatório de circulação de linhagens Sars-CoV-2, por sequenciamento genômico da Fiocruz. 

“Depois de avaliação técnica e investigação epidemiológica ampliada com a participação de todos os entes que sustentam a tríade do SUS, entre eles a equipe do Programa de Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS-Avançado), confirmamos a transmissão comunitária da variante delta, considerada de preocupação pelas organizações de saúde”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Diante desse quadro, que requer atenção, mas não desespero, ressaltamos mais uma vez a importância fundamental das medidas não farmacológicas, que são o uso de máscara de proteção de forma correta, a higienização frequente das mãos e o distanciamento social, além da imunização na data que a dose estiver disponível”, acrescentou.

A variante delta, linhagem B.1.617.2, originada na Índia em outubro de 2020, é uma das variantes do SARS-CoV-2 que apresenta mutações genéticas múltiplas e é denominada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) “variante de atenção/preocupação” por alterar o comportamento do coronavírus, ser mais transmissível do que outras linhagens. Não há evidências até o momento de que as infecções pela delta provoquem casos mais graves ou óbitos.

INVESTIGAÇÃO – Esse resultado só foi determinado após uma investigação ampliada realizada no Estado, num exemplo nacional de esforço conjunto para rastrear a origem, conforme a recomendação epidemiológica.

A Rede Genômica Fiocruz, através do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo (LVRS), Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro (Fiocruz/Rio de Janeiro), e o Laboratório Central de Saúde Pública do Paraná (Lacen-PR) vêm ampliando o sequenciamento genômico do vírus no Estado por meio de amostragem representativa aleatória, a qual permite saber qual variante está circulando e detectar a introdução de novas variantes.

Esse trabalho já era realizado de maneira natural e foi amplificado com o surgimento da delta. A partir da amostragem aleatória foi possível identificar o primeiro caso. Como medida de resposta, foi realizada investigação epidemiológica e rastreados todos os casos positivos com vínculo e então foi identificado o chamado “caso índice”, desencadeando um trabalho mais amplo de investigação de casos confirmados, suspeitos e contatos em diferentes municípios e regionais.

As equipes do EpiSus chegaram ao Paraná no começo do mês e realizaram a pesquisa entre 9 a 24 de julho em diversas regiões. O sequenciamento genômico e a análise filogenética permitiram encontrar duas introduções independentes da variante: uma associada ao caso índice da viajante proveniente do Japão e a outro sem identificação, o que deu origem à conclusão de transmissão comunitária.

TRIAGEM – Como forma de ampliar essa pesquisa, desde a terceira semana de junho o Lacen-PR também realiza um protocolo diferenciado de triagem de RT-PCR em tempo real para detecção de variantes, utilizando o Naveca como ferramenta científica de pesquisa.

São rastreadas 330 amostras semanais e as que apresentam ausência da detecção para a variante P1, predominante no Estado, são encaminhadas para sequenciamento genômico e confirmação pela Fiocruz. 

Até o momento foram realizados 2.770 testes com 133 amostras suspeitas da variante encaminhadas para a Fiocruz. Segundo a investigação, a P1 ainda é a mais ativa, presente em 95,63% das amostras avaliadas.

TOTAL DA DELTA – Ao todo, o Paraná já confirmou 29 casos e 12 óbitos pela variante delta, sendo quatro casos e dois óbitos em Apucarana, quatro casos e dois óbitos em Curitiba, três casos e três óbitos em Piên, três casos em Fernandes Pinheiro, dois casos e um óbito em Araucária, dois casos em Piraquara, dois casos e um óbito em São José dos Pinhais, um caso e um óbito em Mandaguari, um caso e um óbito em Irati, um caso e um óbito em Imbituva e um caso em cada um dos seguintes municípios: Colombo, Pinhais, Fazenda Rio Grande, Campo Mourão, Francisco Beltrão e Rolândia.

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