O Informe Epidemiológico da Febre Amarela divulgado na quarta-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde confirma três epizootias, que são as mortes de macacos contaminados pelo vírus da doença. Os registros ocorreram no município de Coronel Domingos Soares, na divisa com Bituruna.
Diante da confirmação de positividade das primeiras epizootias do período sazonal 2020/2021, o informe da febre amarela volta a ser publicado quinzenalmente.
O boletim contabiliza 65 notificações sobre mortes de macacos no Paraná, em 16 municípios. Destas, 30 já foram descartadas, 27 encaminhadas como causas indeterminadas e cinco seguem em investigação, além das três confirmadas como mortes por febre amarela.
Os casos em investigação ocorreram em Cruz Machado (Sul), Clevelândia (Sudoeste), Assis Chateaubriand (Oeste).
“É importante salientar sempre que os macacos não transmitem a febre amarela. Os animais também são infectados pela picada do mosquito contaminado com o vírus e morrem em conseqüência da doença”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A mortalidade dos macacos indica a circulação de vírus da febre amarela silvestre naquela região. “Os macacos são nossos sentinelas e indicam o caminho que o vírus pode fazer, e diante destas informações podemos antecipar medidas para evitar a febre amarela urbana”, explicou o secretário.
HUMANOS – Neste período de monitoramento, com início em 1º de julho, até o momento não foi confirmado nenhum caso humano da doença. Houve dez notificações, das quais nove foram descartadas e um caso segue em investigação, no município de Curitiba.
VACINA – A forma efetiva de prevenção da febre amarela é a vacina. Desde julho de 2018, todos os municípios do Paraná passaram a ser área com recomendação vacinal devido à circulação viral.
A Secretaria de Estado da Saúde orienta todos os municípios para promoverem estratégias de intensificação seletiva de vacinação, com prioridade nos municípios afetados e ampliada regionalmente.
A pasta reforça a orientação para a vacinação contra a febre amarela na faixa etária entre nove meses a 59 anos 11 meses e 29 dias na rotina de vacinação, nas unidades básicas de saúde.
Até o momento, a cobertura vacinal no Paraná está em 71,28%, enquanto a meta preconizada é 95%. O cálculo percentual leva em conta apenas a crianças menores de um ano que receberam a vacina no período de janeiro até outubro deste ano.