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Um jovem paranaense de 20 anos, natural de Francisco Beltrão, viajou para a Ucrânia em maio de 2025 acreditando que atuaria com tecnologia militar, especialmente no uso de drones. No entanto, ao chegar ao país, foi alocado em um batalhão de infantaria próximo à linha de frente, na região de Kharkiv — uma das mais afetadas pela guerra. Sem preparo físico ou psicológico para o combate direto, ele agora pede ajuda para retornar ao Brasil.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o voluntário desabafou sobre a frustração com a mudança de função. Segundo ele, a promessa era de um trabalho técnico, mas passou a ser pressionado a integrar a linha de frente sob a justificativa de “treinamento”. O jovem afirma estar temendo por sua vida e se sente enganado. Mesmo tentando apoio da Embaixada do Brasil na Ucrânia, foi informado de que não há como o governo interferir, já que assinou um contrato com o Ministério da Defesa ucraniano prevendo permanência mínima de seis meses.
Com o apelo ganhando repercussão online, outros brasileiros que estão no país entraram em contato oferecendo apoio, mas a situação ainda é incerta. O voluntário afirma que continua buscando uma forma legal de deixar a Ucrânia antes do fim do contrato, que termina em dezembro.
O caso ocorre em meio à intensificação do conflito entre Rússia e Ucrânia, que só nos primeiros seis meses de 2025 já deixou mais de 6.700 civis mortos ou feridos. A região de Kharkiv, onde o brasileiro foi enviado, tem sido alvo frequente de ataques com mísseis e drones. Enquanto os combates seguem e as negociações diplomáticas não avançam, histórias como a do jovem brasileiro expõem os riscos enfrentados por voluntários estrangeiros no front.


