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Ansiedade, depressão, síndrome do pânico, medo, angústia e incertezas acabam se tornando cada vez mais sentidos no atual momento de pandemia em que o mundo se encontra. Com muitas pessoas em isolamento social, a convivência e também as questões de violências tanto físicas quanto psicológicas em crianças, adolescentes e mulheres, acabam acontecendo, infelizmente, com muito mais frequência.
Na maioria dos casos, é o silêncio que impera. As vítimas muitas vezes não sabem como e onde pedir ajuda. As pessoas que de alguma forma sofrem com ansiedade, depressão ou algum problema psicológico também não encontram muitas vezes um canal que possam ser ouvidas. Nas cidades gêmeas e região, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca de União da Vitória (CEJUSC) oferece o programa Rede de Ajuda CEJUSC/Coronavírus (RAC), que tem como principal objetivo oferecer um canal de acolhimento e primeiro socorros psicológicos.
O atendimento da RAC é gratuito e feito pelas redes sociais, Facebook, Instagram ou e-mail, evitando colocar as pessoas em risco de contaminação, oferecendo seus serviços de forma não presencial. O atendimento é feito via mensagem, chamada de vídeo ou chamada telefônica. Lembrando que todo atendimento é feito de maneira sigilosa. “A rotina mudou totalmente né, ou estão em casa ou estão fora de casa com esse medo, esse receio, com essa situação diferente que estamos vivendo atualmente”, colocou a psicóloga Francielli Pauluk em entrevista cedida ao programa Jogo Aberto no sábado, 23 de maio, junto com o juiz Carlos Eduardo Mattioli que, qualquer pessoa pode entrar em contato com a rede de ajuda e “é importante que a pessoa que procura, já diga também o que ela precisa, já acelera o processo”.
Atendimentos de casos que precisem assistência judicial também podem procurar o programa. Um exemplo que o juiz deu foi a questão do pagamento de pensão alimentícia, quando a mulher não tem condições para pagar advogado ou não sabe por onde começar. Um sistema de atendimento foi criado para que esse tipo de serviço não parasse. “Manda mensagem para essas formas de contato, já relata qual que é o problema, alguém da equipe vai entrar em contato logo a diante”, colocou Mattioli, que ainda aconselhou que a pessoa já deixe separado documentos pessoais. RG, CPF, comprovante de residência, comprovante de renda, se houver, e certidão de nascimento dos filhos para facilitar o atendimento. “Tira foto com o próprio celular para mandar (…) são alguns dos documentos que a gente vai pedir”, fazendo rapidamente o encaminhamento para um advogado que fará o atendimento.
No programa, foram passadas algumas dicas de técnicas utilizadas no atendimento da RAC que as pessoas em casa podem utilizar para melhorar as situações. Fazer mudanças na casa, nos móveis, utilizar das plantas para decoração, “mudas as pequenas coisas dentro do ambiente podem ser transformadoras positivamente”, afirmou Mattioli. Criar rotinas é essencial, criar algo parecido com o que era antes da pandemia facilita a adaptação, assim como não se expor demais a notícias sobre a Covid-19.
A parte da alimentação e do bem-estar físico foi apontada também como crucial pois “se a nossa imunidade está baixa, por questão de alimentação ruim, nós estamos mais suscetíveis ao estresse, a depressão, a todas os transtornos que a gente tem atualmente”, apontou Pauluk.
Carlos Mattioli, também destacou que o município vizinho, Porto União, também continua em funcionamento, prestando todo trabalho de forma online e telefônico, assim como o lado do Paraná. Enfatizando que Porto União atende as cidades de Matos Costa e Irineópolis e União da Vitória, atende Porto Vitória, Bituruna, General Carneiro, Paula Freitas e Cruz Machado.
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Serviço
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Vara da Infância e Juventude, Família e Anexos de União da Vitória/PR
Carlos Mattioli
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