O deputado federal Rossoni (PSDB/PR) acompanha as tratativas para se achar um caminho para evitar uma crise no setor elétrico do Brasil. Ele, que também é empresário, acha que é preciso mais incentivo do governo aos investimentos em pequenas hidrelétricas e fontes renováveis, como energia solar e eólica. “É preciso que os impostos na área de energia sejam reduzidos, e não aumentados, o que só inibe novos investimentos”, afirmou Rossoni. “Se o Brasil crescer 4% ao ano, em três anos o país sofrerá uma pane elétrica sem precedentes”, alertou.
O deputado afirmou ainda que a população não pode ser penalizada com aumento nas tarifas, mas também que precisa colaborar com as medidas de economia que estão sendo discutidas no setor, como a ideia de a população utilizar os aparelhos que mais consomem fora do horário de pico. “O Brasil tem uma boa estrutura para fornecimento de energia, mas todos sabem que atravessamos uma crise hídrica, com falta de chuva nos locais onde se encontram as principais hidrelétricas”, disse o parlamentar. “A necessidade de se utilizar as termelétricas garante o fornecimento em casos como este, mas se houver uma conscientização para economia do uso da energia, tanto por parte da população como por parte das indústrias, poderemos superar tudo”, completa.
Para Rossoni o importante é que o tema está sendo discutido entre o governo, os parlamentares e os especialistas no setor. “Não podemos transformar isso em mais um grande problema em meio a tantos outros que atravessam o Brasil. É preciso um pouco de sacrifício por parte de todos e que o governo faça algumas concessões para que a situação volte à normalidade em breve.”
COMISSÃO – A crise hídrica foi tema nesta terça-feira (15) de audiência pública na Câmara dos Deputados pela Comissão de Minas e Energia. O debate foi proposto pelos deputados Christino Áureo (PP-RJ) e Danilo Forte (PSDB-CE). Diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmaram que as medidas anunciadas pelo governo para garantir o fornecimento de energia elétrica neste ano afastam o risco de racionamento no curto prazo. Entre as medidas anunciadas estão o acionamento de usinas termelétricas disponíveis e o aumento da importação de energia da Argentina e Uruguai.