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Trabalhadores são resgatados em situação análoga à escravidão em plantação de batata em General Carneiro


16 de junho de 2023

Divulgação

Uma operação da Superintendência com a Gerência Regional do Trabalho em Ponta Grossa, em conjunto com a Polícia Federal da Delegacia de Chapecó, em Santa Catarina, realizada na terça-feira, 13, e quarta-feira, 14, resgatou trabalhadores em situação análoga à escravidão na cidade de General Carneiro.

De acordo com matéria publicada na RPC – Guarapuava, foram três trabalhadores em condições degradantes, dois adolescentes em situação de trabalho infantil e nove trabalhadores sem o devido registro em carteira. A SRTE/PR informou que as pessoas resgatadas trabalhavam colhendo batatas, e, eram submetidas a jornadas de trabalho exaustivas, que começavam às 5h e se estendiam até as 18h, e não tinham acessos a Equipamento de Proteção Individual (EPI’s) e faziam o trabalho descalças, apesar de a temperatura na região estar em torno de 6 graus.

Ainda segundo a superintendência, o alojamento em que os trabalhadores ficavam estava com goteiras e infiltrações e os colchões em que eles dormiam ficavam direto no chão. O chuveiro elétrico disponibilizado para eles não funcionava, por conta disso, os trabalhadores precisavam tomar banhos gelados. A SRTE/PR destacou que no caso dos adolescentes, a atividade de colheita de batata está na lista das piores formas de trabalho infantil no setor rural.

Três desses trabalhadores são de outras regiões do Brasil, do Maranhão, Pernambuco e Goiás. O empregador responsável por esses trabalhadores teve que pagar passagem para eles voltarem para casa. “O empregador que sofreu a fiscalização vai ter que arcar com todo esses custos. É garantido a eles [trabalhadores resgatados] no mínimo o salário mínimo, descanso, FGTS, férias, 13º. Todos os direitos trabalhistas devem ser garantidos a esses trabalhadores. O empregador vai ter que arcar com esses custos, além das multas por não ter cumprido os dispositivos legais”, afirmou Rubens Patruni Filho, coordenador de Fiscalização Rural.

A SRTE/PR não informou qual será o valor das multas. Isto porque o valor varia de acordo com fatores que ainda estão sendo apurados.

**Canal 4 TV

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