Um garoto brasileiro fortão, de apenas 12 anos, é capaz de levantar 92 kg! Imagina? E tem mais: ele corre como um adulto e tem corpo e porte físico de atleta dedicado. O menino crossfiteiro mora na Bahia e é conhecido como Cauzinho.
Há um ano, Carlos Augusto Pitanga Neto, se apaixonou pelo crossfit e, desde então, ele treina mais do que muitos adultos. E tudo com uma equipe multidisciplinar que o acompanha de perto. O menino aprendeu com o pai!
“Ele fez essa aula lá no cross, dois dias. Como era bem dinâmico, com flexão e corrida, Cauzinho, que já corria, teve o melhor tempo da academia toda. Ele já praticava esporte, jogava futebol, fazia futsal. Ele já tinha uma boa coordenação motora”, afirmou o pai, que também se chama Carlos Augusto.
Mais e mais
Depois do primeiro dia na academia, Cauzinho adorou o esporte, quis voltar e não mais parou. Em dezembro, nas férias escolares, os pais decidiram matriculá-lo no crossfit para “ocupar a mente dele durante as férias” e, quando a escola retornasse, ele sairia de novo.
As aulas voltaram e a surpresa: ele não quis mais sair. “Ele começou até a fazer exercício que eu não fazia. Aí, começou a brincadeira na academia: ‘Ah, seu filho já está passando você’.
O que mais o interessou Cauzinho na prática foi justamente essa dinâmica dos treinos, que é diferente a cada dia. Daí em diante ele foi se superando.
10 km por dia
Aos 8 anos de idade, ele já conseguia correr 10 km – por isso, os exercícios do crossfit, considerados pesados por muitos, não o assustaram ou desestimularam.
“Na verdade, eu não tinha intenção nenhuma de fazer crossfit, meu negócio era correr. Mas, gostei da dinâmica do cross. Eu me apaixonei. Antes de praticar o crossfit, eu fazia judô e capoeira, só que eu era muito pequeno. Aí, quando cresci um pouco mais, fui para um colégio maior e pratiquei futsal e corrida”, contou o garoto.
Garoto levanta 92 kg
Um ano e meio depois de ter começado, Cauzinho bateu recordes pessoais e conseguiu a façanha de levantar 92 kg, quase o triplo de seu peso, em uma aula.
Ele foi convidado pela Federação Baiana de LPO, ligada ao levantamento de peso, para participar do Campeonato Baiano.
Até o fim do ano, o garoto vai estar no América Crime, em Maceió, e no Monstar Games, em Goiânia.
Elogios e críticas
Com 28e mil seguidores no Instagram, rede que usa para mostrar sua rotina de treinos, Cauzinho recebe incentivos e elogios, mas também ouve críticas.
Entre as preocupações de pessoas que veem fotos ou vídeos do garoto – que aos 12 anos, já tem músculos definidos – está o crescimento. Por isso, para evitar que ele tenha déficit calórico, ou seja, queime mais colorias do que consome, o pai explica que Cauzinho tem acompanhamento multidiciplinar.
A equipe é formada por um educador físico, médico, fisioterapeuta, nutricionista e dentista.
“Ele não está sozinho nessa ‘onda’. Ele gosta de fazer. Ele largou o futebol, que era o esporte dele, por causa do crossfit”, afirmou o pai.
A alimentação
Para que nada de errado aconteça, a alimentação de Cauzinho é regulada. Nos dias normais, como conta Carlos, o menino come oito refeições por dia. Quando vai participar de algum campeonato, esse número cresce chega a 10.
“Se deixar ele em déficit calórico, aí que vem a questão de atrapalhar o crescimento. Cauzinho entrou no crossfit com 1,34 m. Hoje, está com 1,47, com 1 ano e 4 meses no cross. A gente está sempre acompanhando, orientando, levando para fazer exame de sangue, de rotina, para ver como está, se está precisando de alguma suplementação”, disse o pai.
Uma vez por semana, o pequeno crossfiteiro tira para comer o que der vontade, sem restrições, evitando só refrigerante, doces e frituras, que não gosta muito.
Nesses dias específicos, geralmente no final de semana, ele come hambúrguer, açaí, feijoada, dobradinha, moqueca de camarão e polvo, lasanha, pizza, e por aí vai.