Produção literária e obra documental, apresentam histórias inéditas e fatos marcantes sobre o trecho catarinense da Linha São Paulo – Rio Grande, revelando os segredos de um assaltante que virou delegado.
A vida nos trilhos, cenários de saudades e lembranças. Tudo isso se integra para compor a construção da obra “A Linha da Memória”, longa documental que resgata o curso biográfico de uma das mais importantes ferrovias brasileiras, a São Paulo – Rio Grande.
Linha essa que passa pelas cidades de União da Vitória e Porto União e marcou a vida de milhares de pessoas.
A história da ferrovia se conecta ao livro a “Saga Indômita de Zeca Vaccariano: Muito Além do Assalto ao Trem Pagador”, que resgata o famoso atentado contra o grupo pagador, ocorrido em 1909, durante a construção ferroviária.
As duas histórias já tem data marcada para estreia. O evento acontece no dia 10 de maio, no auditório Padre Trudo Plessers, em Pinheiro Preto – SC. A cerimônia inicia às 19:00 horas, com a apresentação da obra literal, seguida da projeção do longa A Linha da Memória, que se integra às narrativas literárias.
A obra fílmica, dirigida por Júnior Padilha, conta com entrevistas de diversos ferroviários aposentados, estudiosos do tema, além de emocionantes depoimentos de personagens que tiveram a vida marcada pelos caminhos de aço da ferrovia.
Relatos marcantes, conectados por fotos originais da época e imagens cinematográficas, recriam em detalhes a ambiência vivida no período de grandes transformações protagonizados pelo trem como coloca um dos roteiristas do documentário, Ernoy Mattiello, que assina a autoria do livro. Ele conversou com o Jornal Colmeia nesta quarta-feira, 24.
Já a produção literária, é resultado de profunda pesquisa, ancorada em documentos oficiais, referências expressivas e oitivas orais, abrigadas em um projeto de Mestrado em História, pela Universidade Federal da Fronteira Sul – (UFF) do cineasta Ernoy Mattiello, que é quem também assina o roteiro do documentário dirigido por Júnior Padilha.
A produção com locações nos três estados do Sul e interior paulista, revela detalhes marcantes que vão da construção da ferrovia, ao período de desenvolvimento industrial, a colonização do Vale do rio do Peixe e o declínio ferroviário no interior catarinense.
A cidade de Pinheiro Preto – SC, destaca-se na obra literária por ter sido o palco do Assalto ao Trem Pagador, protagonizado por José Antônio de Oliveira, o Zeca Vaccariano, em 1909, que após absolvido das acusações, tornou-se delegado de polícia em Mondaí – SC.
Outro município evidenciado no projeto é Piratuba – SC, que se evidencia na produção documental, pelo projeto turístico do Trem das Termas, operado pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária – ABPF.