Mariza Aparecida Sznycer, 48 anos, moradora do bairro Nossa Senhora da Salete, Distrito de São Cristóvão em União da Vitória, foi vítima de um caso de feminicídio. Sua morte ainda não foi elucidada e todos os dias a população que acompanhou a trajetória desse caso cobra uma explicação, pois ainda não há uma confirmação de autoria, ou motivos que levaram a tal ato.
Na quinta – feira, 11 de março, mais pistas foram localizadas, há exatamente um mês e cinco dias desde sua morte. Para compreender o caso, montamos uma linha do tempo sobre todo processo de investigação, acompanhe:
31 de janeiro: Vista pela ultima vez pelos seus familiares
A tia de Marisa relatou aos policiais que por volta das 13h a sobrinha chegou em sua residência para deixar sua filha de sete anos aos seus cuidados, dizendo que seria somente enquanto ela iria realizar as compras do material escolar da menina. Marisa saiu conduzindo sua motocicleta vestindo uma regata azul e um calção/ saia, verde com preto, estilos de academia.
1º de fevereiro: Localização de sua motocicleta
Uma moradora do bairro Rocio acionou a equipe policial, após encontrar a motocicleta de Marisa, uma Honda/ Fan ,150, vermelha, com a placa AXE 4165, estacionada próxima a sua residência. A motocicleta estava estacionada regularmente, sem as chaves e com o guidão travado. Diante do aparecimento da moto, os policiais iniciaram os trabalhos de busca pela região do Rocio com auxílio do cão Kira. Os trabalhos começaram no sábado de manhã e prosseguiram até domingo de madrugada, mas não houve sinais sobre sua localização.
06 de fevereiro: Localização de seu corpo
Seu corpo foi encontrado em uma mata na Rua Egor F. Bierbach no bairro Monte Castelo, situado na região Sul de União da Vitória. O corpo foi encontrado por um morador que estava passando pela via e acabou sentindo um forte odor vindo do mato, ao verificar, encontrou o corpo de uma mulher e acionou a central da Polícia Militar. No local os militares confirmaram o óbito, isolaram o local e acionaram a investigação da 4ª Sub Divisão Policial, que logo solicitaram apoio do Instituto Médico Legal. O corpo que já se encontrava em estado de decomposição foi levado para a sede do IML para as devidas providências de identificação, sendo mais tarde, confirmado que se tratava de Marisa.
13 de fevereiro: Delegado realiza uma coletiva de imprensa
O Delegado chefe da 4° Sub Divisão Policial de União da Vitória, André Vilela, concedeu uma coletiva de imprensa no início da tarde para falar sobre o processo de investigação do caso. Em sua fala, o delegado destacou que a investigação estava atuando na cena e nos motivos do crime. Acompanhe:
05 de março: Prisão preventiva do suspeito do crime
A Delegacia da Mulher, após representação oferecida pelo Delegado Douglas Possebon e confirmada pelo Ministério Público e Judiciário, prenderam temporariamente o suspeito da morte de Marisa. Porém, por se tratar de ser apenas um suspeito, seu nome até o presente momento não foi divulgado. Destacando também, que alguns exames haviam sido feitos, mas ainda não havia um resultado.
11 de março: Localização de mais objetos pessoais
Equipes da Polícia Civil através da Delegacia da Mulher, com apoio do Corpo de Bombeiros de União da Vitória, realizaram buscas por mais pistas sobre a morte de Marisa. Nesse processo foram localizados o capacete e a bolsa, a oito metros de onde seu corpo foi encontrado.
Nossa equipe de Jornalismo foi atrás de mais informações sobre essa ação, tendo uma entrevista com o Delegado Douglas Possebon. Na oportunidade o Delegado enfatizou que recebeu o inquérito no dia 26 de fevereiro, já iniciada as investigações. “Nós recebemos o inquérito policial vindos da 4ª Sub Divisão Policial no dia 26 de fevereiro, já iniciada as investigações. O ministério Público opinou que a Delegacia da Mulher continuasse as exigências, então nós estamos verificando os pontos desse caso”.
O Delegado também afirmou que até o momento não se pode dizer qual foi à causa da morte, pois estão esperando resultados de laudos e realizando mais exigências a partir da prisão do suspeito. “Representamos pela prisão temporária de um suspeito e agora nós estamos levantando todo um trajeto que desconfiamos que tenha sido feito naquele dia, com alguns outros elementos, para realmente termos a convicção que o suspeito é o autor e que a morte foi violenta”.