O programa Paraná Trifásico, da Copel e do Governo do Estado, já implementou 304 quilômetros de novas redes de energia elétrica na região Centro-Sul, num investimento de R$ 79,4 milhões. Em todo o Paraná, o maior trecho do grande linhão – como está sendo apelidado no interior – foi implantado em Paulo Frontin, que recebeu 12,2 quilômetros. Além disso, já foram contratados e estão em execução mais 692,7 quilômetros de redes trifásicas no Centro-Sul, que vão beneficiar a área rural da região e, sobretudo, cadeias produtivas como do fumo e da madeira.
“A Copel é reconhecida em todo o país como uma das melhores empresas de energia e, sob o comando do Daniel Pimentel Slaviero, que é um jovem dinâmico e competente, o nível de excelência do trabalho da companhia tem crescido a cada dia. O Paraná Trifásico já está começando a revolucionar a qualidade e a estabilidade da energia no campo, algo que não era feito desde a década de 80 com o Clic Rural”, afirma o deputado Hussein Bakri (PSD), que é Líder do Governo na Assembleia Legislativa.
Maior programa do gênero no Brasil, o Paraná Trifásico prevê investimentos de R$ 2,1 bilhões em 25 mil quilômetros na rede elétrica rural de todo o Estado até 2025. A medida faz parte do maior pacote de investimentos da história da Copel Distribuição, junto à Rede Elétrica Inteligente, lançado semana passada com aporte de R$ 820 milhões para implementar medidores inteligentes em 4,5 milhões de unidades consumidoras (casas e empresas). São quase R$ 3 bilhões programados para modernizar e automatizar a rede, preparando-a para novos perfis de consumo relacionados às cidades inteligentes, maior autonomia dos usuários e geração sustentável.
Entenda o Paraná Trifásico
Na prática, a espinha dorsal da rede de distribuição está sendo trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica hoje existente no campo. A Copel está retirando os postes antigos do meio das plantações e colocando postes novos nas estradas rurais, o que facilita o acesso dos técnicos e disponibiliza cabos mais resistentes contra as intempéries. Não são mais cabos nus de alumínio, mas cabos com capa protetora isolante contra toque de árvores, animais e demais objetos estranhos à rede. Os postes estão sendo enterrados cerca de 1,80 metro para dentro da terra, o que renova a resistência contra ventos fortes.
As novas redes de distribuição também conferem redundância ao fornecimento de energia, pois, com o tarifamento, haverá interligação entre elas. Dessa forma, se acabar a energia em uma ponta, a outra assume e, em caso de desligamentos, o restabelecimento da energia é mais rápido. Os novos equipamentos inteligentes ainda identificam curtos-circuitos com mais agilidade.
As linhas também têm conexões inteligentes com monitoramento constante da rede, chamados de religadores automáticos. Esses aparelhos têm capacidade para identificar problemas e “abrem temporariamente” para passagens de eventuais curtos para evitar desligamento da rede, e então religam a energia sem precisar de interferência humana. Os equipamentos podem ser acionados remotamente pelo novo Centro de Operação da Copel em Curitiba.
Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o investimento da estatal vai proporcionar o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que hoje é pago. Equipamentos com motores trifásicos normalmente são mais eficientes, baratos e têm uma taxa de falha menor. As redes elétricas trifásicas também favorecem quem pretende ser produtor de energia elétrica nas suas propriedades, pois a rede monofásica limita esta possibilidade.