PIB do Paraná cresce 4,8% nos três primeiros trimestres de 2021 » Rádio Colmeia FM

Escute a rádio

PIB do Paraná cresce 4,8% nos três primeiros trimestres de 2021


22 de dezembro de 2021

Foto: José Fernando Ogura/AEN

Nos nove três primeiros trimestres de 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 4,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Com altas nos setores de indústria e serviços, o resultado mostra a trajetória de recuperação da economia paranaense pós-pandemia, apresentando um sólido crescimento ao longo de todo o ano. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

A performance da indústria no período foi a que mais contribuiu para o desempenho do Estado: o crescimento do setor foi de 10,9%. O resultado é consequência da expansão da indústria de transformação, com destaque aos segmentos de madeira e celulose e indústria metal-mecânica. Além disso, o ramo de serviços também apresentou expansão, com 3,26% no acumulado dos três trimestres. O destaque na área foi para as atividades de alojamento, alimentação e transportes.

O diretor-presidente do Ipardes, Daniel Nojima, atribui o resultado a uma recuperação do mercado doméstico do Paraná, associado a um retorno gradativo das atividades econômicas. “Esse resultado para o terceiro trimestre é importante porque, em primeiro lugar, confirma uma recuperação em linha com a economia brasileira. Aos poucos, ambas vêm recuperando seus níveis de produção com relação aos piores momentos da pandemia”, explica.

O único setor em queda no acumulado foi a agropecuária, com uma contração de -5,45%. O resultado é consequência direta das quebras nas safras de soja, milho e cana-de-açúcar e do clima.

TRIMESTRE – Apenas no terceiro trimestre, o crescimento do PIB paranaense foi de 3,86% com relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados apresentam retração de -8,94% na agropecuária e expansão de 4,59% na indústria e de 3,83% nos serviços. No trimestre, o PIB totalizou R$ 140,97 bilhões, sendo R$ 122,94 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 18,03 bilhões aos impostos.

Para Nojima, esse resultado também confirma a recuperação econômica, mesmo com as adversidades vistas na agropecuária. “A economia paranaense foi desfavorecida ao longo deste ano por conta do clima, que impactou fortemente a produção agrícola – em particular no terceiro trimestre – e desfavoreceu bastante a produção de milho. Mesmo com isso, houve avanço da indústria e dos serviços, dada a melhora do ambiente relacionado à Covid-19, o que permitiu que a economia voltasse a respirar razoavelmente bem”, analisa.

No período, o crescimento da indústria foi capitaneado pela fabricação de caminhões, ônibus, carrocerias e reboques, além de madeira e equipamentos agrícolas. Já o aumento dos serviços segue a tendência das retomada das atividades nos segmentos de transportes, alojamento e alimentação.

TRIMESTRE ANTERIOR – O Paraná também apresentou desempenho positivo no índice que compara o resultado com o trimestre imediatamente anterior. O PIB registrou aumento de 0,93% com relação ao segundo trimestre deste ano, impulsionado por variações positivas de serviços (0,71%) e indústria (0,68%).

Em comparação com os índices nacionais, o Paraná desponta como uma economia fortalecida. O índice nacional aponta que o Brasil apresentou recessão de 0,09% no terceiro trimestre, sendo que já no segundo trimestre havia apresentado queda de -0,35% – o que caracteriza uma recessão técnica.

No Paraná, o índice de 0,93% se soma a um resultado positivo anterior, de 0,57%. “Comparativamente, estamos com indicadores dessazonalizados bem superiores do que o Brasil. Os números apontam para uma tendência de recuperação melhor se comparado à média brasileira, que foi no sentido contrário”, acrescenta o diretor do Ipardes.

EXPECTATIVA – Segundo a análise do instituto, a expectativa para o quarto trimestre e para o início de 2022 é positiva: com a continuidade da trajetória de recuperação, o Paraná deverá superar os 4% de crescimento em 2021.

Nojima aponta que o quarto trimestre é permeado por características sazonais, como a retração da indústria de um lado e uma maior força do comércio e serviços de outro. Mas, mesmo com essas particularidades, a tendência paranaense é de crescimento geral, inclusive para o próximo ano.

“Podemos entrar em 2022 com uma perspectiva melhor, em que pesem todas as questões que permanecem na economia brasileira — inflação ainda elevada no primeiro semestre, contexto de aumento de taxa de juros —, e apesar de tudo isso os indicadores dessazonalizados apontam para uma tendência que não pode ser desprezada em termos positivos”, complementa Nojima.

Confira o relatório de divulgação do PIB do terceiro trimestre AQUI.

Compartilhe a matéria nas redes sociais:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia outras matérias relacionadas:


Paraná Bom de Bola começa nesta sexta e abre o calendário de jogos oficiais do Paraná

Começa nesta sexta-feira (26) a fase regional da 4ª edição do Paraná Bom de Bola, evento que abre o calendário 2024 dos Jogos Oficiais organizados pelo Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Esporte (SEES). A partir deste fim de semana, têm início as competições que ocorrem ao longo do ano: Jogos de Aventura […]

Com apoio de cão, PM apreende 2 toneladas de maconha em caminhão em Iguaraçu

Uma operação conduzida por policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) resultou na apreensão de um caminhão que transportava arroz carregado também com drogas na cidade de Iguaraçu, na terça-feira (23). Os militares realizavam abordagens de rotina na rodovia quando abordaram esse veículo e um cão de faro indicou a presença de ilícitos. Foram […]

Governador Jorginho Mello anuncia data para início da dragagem do Rio Itajaí-Açu para mitigar enchentes no Vale

O governador Jorginho Mello anunciou na manhã desta segunda-feira, 22, a data para o início da tão aguardada dragagem do rio Itajaí-Açu, no Alto Vale de Santa Catarina. A medida é crucial para minimizar os impactos das enchentes na região que é uma das mais atingidas por cheias no estado e de forma recorrente. Um […]