Na manhã dessa sexta-feira, 10, profissionais da área da enfermagem realizaram um movimento no centro de Porto União reivindicando melhorias no piso salarial da enfermagem. O movimento, executado na esquina das ruas Matos Costa com a Prudente de Morais, também acontece simultaneamente no país todo.
O piso salarial enfermagem continua suspenso há mais de 150 dias devido a uma decisão judicial do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz da suprema corte, Luís Roberto Barroso, decidiu que, por conta da falta de caminhos orçamentárias robustos, para fazer com que o novo piso começasse a valer, a lei ficaria suspensa.
Em Porto União o movimento tomou a esquina da Rua Prudente de Morais com a Matos Costa, ponto central da cidade. A enfermeira Maria Cristina Gan, estava no movimento porque considera a situação insustentável e falou em nome dos manifestantes. “Essa luta vem a cerca de 30 anos”, destacou.
Ela também destacou a presença de União da Vitória neste movimento e informou detalhes sobre os atuais salários e os valores reivindicados. “É até vergonhoso falar. Em torno de R$3 mil reais o nosso salário. O nosso piso salarial não vai subir muito, é uma miséria também, mas um salário um pouquinho mais digno”, disse.
Nísia Trindade, Ministra da Saúde, declarou agora pouco que a versão inicial da minuta da Medida Provisória que vai ajudar na implementação do piso salarial enfermagem está feita.
O documento foi criado pelo Grupo Interministerial que é formado por vários membros de órgãos do governo com a finalidade de financiar, de forma mais célere, o piso salarial da enfermagem.
O Grupo de Trabalho Interministerial do piso salarial enfermagem é composto por: Advocacia-Geral da União (AGU), Casa Civil, Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e Ministério da Saúde.
A Medida Provisória que pode aplicar o piso salarial enfermagem ainda não tem perspectivas de começar a valer no País.A MP foi criada no dia 22 de dezembro, a ação é uma ferramenta com força de lei e deve ser usada em situações emergenciais no Brasil.