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Programa Jogo Aberto recebe a chefe da 6ª Regional de Saúde, Paula Krzyzanowski, e o médico Dr. Ricardo Krzyzanowski


10 de dezembro de 2020

O programa Jogo Aberto deste sábado, dia 5 de dezembro recebeu a participação da chefe da 6ª Regional de Saúde em União da Vitória, Paula Krzyzanowski e o médico Dr. Ricardo Krzyzanowski. O tema principal debatido foi a pandemia de Covid-19 que voltou a ter uma alta de casos positivos em União da Vitória e região afeta a Regional de Saúde, assim como a situação dos leitos de enfermaria e UTI destinados aos pacientes desta doença.

Dr. Ricardo iniciou contando do por que deixou a direção da 6ª Regional. Para ele, que tem a carreira a parte da saúde pública, “chega um momento que você tem outras prioridades na sua vida”. Desde o início Krzyzanowski sabia que iria ficar na Regional por um período curto de tempo. Atualmente ele irá voltar a trabalhar em sua clínica e foi contratado por uma empresa como professor para dar aulas para os cirurgiões vasculares, área em que atua. “Estou participando da 6ª Regional mas sem o cargo”, disse.

Dr. Ricardo Krzyzanowski
Imagem: Rádio Colmeia

Entre as ações realizadas em sua gestão, entre as mais reconhecidas estão os testes rápidos realizados nos profissionais da educação e a implantação do SAMU regional, que terá bases nos nove município atendidos pela 6ª Regional e duas unidades móveis de UTI que terão bases em União da Vitória e São Mateus do Sul, criando uma melhora na qualidade do atendimento pré-hospitalar. “Com o paciente chegando bem conduzido e de forma mais rápida ao hospital nós teremos maior competência pra tratar esses pacientes”, colocou.

As ambulâncias vão atuar muito em conjunto com os bombeiros e atendimento clínico aos munícipes das nove cidades, fazendo a triagem dos pacientes, vendo se há necessidade realmente de transporte dos mesmos para os hospitais. As duas UTIs móveis possuem um motorista que também é socorrista, um enfermeiro ou técnico de enfermagem e um médico, todos habilitados em atendimento pré-hospitalar.

Na sequência a nova chefe da 6ª Regional, disse que os tramites da implantação do SAMU já foram iniciados e a empresa vencedora tem o prazo de 30 dias para iniciar. O prazo limite para o pontapé dos trabalhos é dia 4 de janeiro de 2021.

Paula disse que atuar a frente da Regional é um trabalho desafiador, mas que ela já vinha se preparando. Nos anos de 2011 e 2013 já havia trabalhado na Regional de Saúde e no começo de 2020 coordenou bolsistas fazendo um trabalho junto das empresas da região em ações de planejamento, prevenção e orientação.

Paula Krzyzanowski
Imagem: reprodução Facebook

Aumento dos casos da Covid-19

A chefe da Regional de saúde colocou que no começo da pandemia toda a população estava engajada na prevenção e, com o passar do tempo, com a especialização dos profissionais da saúde na forma de melhor entender a doença, e mais informações chegarem a toda a sociedade, houve um afrouxamento nas medidas de segurança quando surgiram as baixas no número de novos casos. Os municípios da 6ª Regional ficaram dois meses ou mais sem número de óbitos registrados.  

Nos últimos 50 dias houve um aumento de 50% no número de novos casos e aumento de 42% no número de óbitos de acordo com Paula. “Somos nós, eu você, o Ricardo, toda a sociedade que devemos manter todas as medidas preventivas”.

Para Paula a saúde é um direito de todos e dever do estado, mas também há na lei de que o dever do estado não exclui o dever das pessoas, das famílias, das empresas e da sociedade. “Somente juntos, que conseguimos fazer com que os números diminuam”, disse.

Vacina

O Paraná tem um acordo, através de um convênio, com o governo russo, que iniciou no final de semana, 5 e 6 de dezembro, a imunizar a população. Provavelmente no primeiro trimestre de 2021 o Paraná poderá começar a vacinar a população, que chegará priorizando alguns grupos específicos como os moradores das instituições de longa permanência para idosos, pessoas maiores de 60 anos, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde.

O governo já disponibilizou 100 milhões de reais para compra da vacina no mês de maio e a vacinação ocorrerá por etapas, por conta da logística, insumos que precisam ser adquiridos (já estão em processo de compra as seringas, agulhas, etc) e contratação de profissionais. Para Pula, a ideia da chegada da vacina pode ter contribuído com o relaxamento das medidas de prevenção.

Taxas de ocupação dos leitos

Na região há seis leitos exclusivos para Covid-19 e 12 leitos de enfermaria. A ocupação é muito dinâmica, no sábado, dia 5 de dezembro, pela manhã a ocupação era de 67% dos leitos de UTI e 58% leitos de enfermaria. Já na terça-feira, 8, os seis leitos exclusivos estavam ocupados nos dois hospitais de referência e os leitos de enfermaria com 75% de ocupação.

O Paraná tem 1.041 leitos de UTI exclusivo para a Covid-19 e 80% dos pedidos de transferência de leitos são atendidos em menos de 12 horas, assim como o transporte. Na região já houve, em 8 meses, o investimento entorno 1 milhão e 900 mil por parte do Governo nos leitos e diárias de UTI. O Estado banca esses leitos tendo pacientes ou não.  

Segundo o Dr. Ricardo Krzyzanowski, os leitos são ocupados tanto pelos pacientes positivos quanto por pacientes suspeitos, com qualquer síndrome respiratória aguda. “Eles ocupam esses leitos até nós termos o resultado ou de imagem ou resultado laboratorial”, apontou.

Há moradores de União da Vitória internados em outras regionais e os hospitais de referência da cidade recebem também moradores de outras regiões nos leito, por fazer parte da rede das regionais. Há toda uma logística trabalha por trás dos internamentos e há uma empresa especializada em transporte para fazer o deslocamento dos pacientes para outras regionais.  

Para a abertura de novos leitos existe hoje um problema que são o número suficiente de equipes especializadas que, após quase 8 meses de pandemia, já estão cansadas por trabalhar incessantemente. No estado do Paraná já foram registrados 23 óbitos de profissionais da saúde.  

Krzyzanowski e Paula explicaram também que é realizado um monitoramento nos pacientes positivos, com sintomas leves ou não, para saber se a saturação do oxigênio está abaixo do permitido. Muitas vezes a pessoa acha que está respirando normal, e na verdade seu pulmão está sendo comprometido. É feito uma aferição com um oxímetro de pulso, disponibilizado em todas as Unidades Básicas de Saúde do Paraná. Quando há uma alteração desses níveis de oxigênio o paciente já recebe encaminhamento para enfermaria ou UTI se necessário.

Toque de recolher

O toque de recolher foi instaurado no Paraná, por meio do decreto estadual, como uma medida de prevenção a proliferação do vírus. Das 23h às 5h00 da manhã apenas pessoas que trabalham em serviços essenciais podem circular. Também há proibição da venda de bebidas alcóolicas. A dupla também explicou que, antes de qualquer decisão de decreto, é feito um estudo técnico para determinar as medidas necessárias.

Segundo Paula, em média 15% dos leitos de UTI são ocupados por vítimas de traumas, acidentes automobilísticos, e de pessoas que dirigiram alcoolizadas. Quando houve o isolamento domiciliar, no início da pandemia, a taxa de internamentos em UTI por traumas, por violências diminuiu em quase 50%.

“Quem faz realmente a diferença é a população”, finalizou Dr. Ricardo.

Ouça o programa na íntegra

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